26 de maio de 2009

Eternamente...

Vida

S. f.

1. O espaço de tempo que decorre desde o nascimento até a morte dos seres.


Vidas.

Que se perdem em meios obscuros e desesperados.

Que deixam saudades, lembranças e o amor.

Peço licença a vocês para um desabafo.

Um dia reflexivo para mim. Me faz perceber o quão frágil nós somos e o quanto somos incapazes.

Passamos nas ruas e vemos seres humanos com suas mãos estendidas em busca de uma esperança que não vem. Nos julgamos superiores pelo que temos, mas na verdade somos inúteis pelo que somos.

Somos incapazes de salvar o próximo. E não falo no sentido de resgatar vidas em perigo. Mas sim em evitar que tragédias aconteçam.

Cada vez mais nos deparamos com jovens em depressão, pessoas se destruindo, vítimas sendo feitas e estatísticas sendo elaboradas.

Somos capazes de jogar moedas, mas não sabemos oferecer um sorriso.

O que nos faz ser tãovúlneráveis a ponto de jogar uma carreta na frente de um carro?

De sairmos dirigindo alcoolizados e jogar seres humanos espatifados a km de distância?

O que nos leva a impunidade?

No Brasil cerca de 40.000 pessoas perdem a vida anualmente em acidentes de trânsito, porém acredita-se que estes números são maiores, pois as estatísticas são falhas.

http://www.youtube.com/watch?v=vzzPb4uO7lM

Detonautas Roque Clube – O dia que não terminou

Não nos choquemos com os números.

E sim com que está por trás deles. São vidas.

Vidas que deixam família, amigos e saudades.

A pergunta que faço é: Até quando?

Até quando vamos ser tão mesquinhos e hipócritas?

Quando vamos cobrar atos de detenção?

Não podemos nos conformar com lágrimas sofridas que secaram.

Espero duas coisas no dia de hoje.

A primeira é que pisemos no freio e possamos dar um basta nessa calamidade. Tenhamos mais consciência dos nossos atos, tenhamos punição.

E a segunda é que hoje, dia 26/05/2009, meu amigo possa descansar em paz.

1 ano sem os sorrisos, os abraços, o afeto, as brincadeiras... 1 ano sem a presença.

365 dias subtraídos de uma eternidade.


Camila g.

17 de maio de 2009

O futuro foi agora....

A cada dia que passa me surpreendo com o rumo que o ser humano está tomando....

É o fim do mundo!!!

Observei por algum tempo, o comportamento de CRIANÇAS (entre 4 e 10 anos) em uma festa INFANTIL.

Primeiro que esses “projetos” de gente grande, não gostam de serem tratados como crianças. Aniversário de criança com palhaço e equipe de animação? Nuncaaaaa!!!

O negócio agora é DJ, música eletrônica e jogo de luzes! Pasmem!

Segundo: Esses projetinhos estão se tornando clones de “grandes celebridades”. Desfilam como se estivessem sendo observados por paparazzi o tempo todo. Pegar o salto alto da mamãe? Não tem mais graça! Agora é cada uma por si! Meninas super maquiadas, com penteados feito por profissionais, bolsinha na mão e repleta de maquiagem. Mini peruas.


Os meninos também não ficam para trás... São os “mini playboys”.

E terceiro... Fiquei incrédula ao constatar o quanto a mídia AFETA os nossos projetinhos... Temos na “pista de dança” projetos de Carla Perez, Ivete Sangalo, Tati Quebra-barraco, cantores de banda de forró... Sem contar as “minis txutxucas”!!

Tinha um projetinho de playboy cantando uma música (que eu já acho repugnante ouvir um adulto cantando) que dizia o seguinte:

“... eu vou beber cachaça, eu vou tomar mé, eu vou encher a cara por causa dessa mulher...”

Acho que ele não tem lá muita... Noção, do que isso quer dizer. (Eu prefiro acreditar nisso...)

O que está acontecendo com as “crianças”??

As pessoas estão se vulgarizando dia após dia. Ainda nos restava a inocência do nosso futuro, mas agora....

Falando em “crianças” lembrei-me de uma “criancinha” muito... Travessa!

Maísa Silva Andrade.

Ou... A jovem apresentadora da televisão brasileira....

Meu Deus!!

Quando eu era criança (bons tempos...) eu ouvia os adultos dizerem que é preciso impor LIMITES as crianças. Caso contrário, elas podem se tornar verdadeiros monstros no futuro...

Entenderam onde eu quero chegar?

A Maísa é uma das criaturas mais... Sem limites... Que eu já vi nos contos de fada.

Uma criança, que como muitas por aí, não tem o menor respeito pelo próximo.

Nem mesmo pelo seu “patrão” o “grande” Sílvio Santos. Ou... O homem do baú.

E puxa a “peruca”, e chama de “idoso”, sai gritando e chorando pelo programa, solta... Gases, na platéia...

“... diiiisculpa se ficou um feeedor lá atrás...”

E vale a pena lembrar que tudo isso é transmitido para o país inteiro.

E ela SÓ tem 6 anos... Imagine, imagine...

Aí eu escuto minha mãe dizer:

“Ah, se fosse minha filha...”

Os nossos “projetinhos” precisam de limites.

Afinal, eles são o futuro não é mesmo?

E o que o futuro nos reserva?

Pessoas cada vez mais egoístas e inescrupulosas, incapazes de respeitar regras, limites e o próximo.

Mas achamos muito “fofinho” quando vemos uma garotinha de 4 anos cantando:

“... eu quero mais, é beijar na boca...”.


Camila g.

10 de maio de 2009

Guerreiras da esperança


Dizem que as mães não devem criar seus filhos para si. Mas, criá-los para o mundo. Pois um dia eles vão bater asas e voar. Mas que mundo é esse no qual as mães deixam seus filhos voarem?

A esperança de todas as mães é poder ver seus filhos nascerem, crescerem e seguir seus caminhos. A morte não faz parte do roteiro desse filme. Infelizmente nem todas conseguem assumir a função de diretora, em um longa metragem de terror.

Diariamente nos deparamos com lágrimas alheias de mulheres consideradas guerreiras. Mulheres que lidam com o sofrimento diariamente ao olhar a cama que não foi desfeita, a roupa que não foi usada, a palavra que não foi dita e o abraço que não foi dado.

Vivem suas vidas na esperança de acordar de um pesadelo. Nos “sonhos” assistem cenas onde pessoas desaparecem, são assassinadas, torturadas, maltratadas... São seus filhos que não voltaram para casa.


“Mãe,

Que ao dar a benção da vida,
Entregou a sua.
Que ao lutar por seus filhos,
Esqueceu-se de si mesma.
Que ao desejar o sucesso deles, abandonou seus anseios.
Que ao vibrar com suas vitórias, esqueceu seu próprio mérito.
Que ao receber injustiças,
Respondeu com seu amor.
E que, ao relembrar o passado,
Só tem um pedido:
DEUS, PROTEJA MEUS
FILHOS, POR TODA
A VIDA!”


Todos os anos, mais de 200 mil pessoas desaparecem no Brasil. Esse número, que chama a atenção, foi revelado pela última grande pesquisa nacional sobre o assunto, feita em 1999. Um trabalho da organização não-governamental "Movimento Nacional de Direitos Humanos", com apoio do Ministério da Justiça.

Ainda há outro grande problema enfrentado pelas famílias dos desaparecidos: a falta de delegacias especializadas e de um sistema nacional de busca que faz com que os parentes tenham que buscar soluções por conta própria. São vítimas não encontradas. Mas nunca esquecidas.


“... Eu que talvez esteja mais próximo que pareça vago num grão da vida
Ou nas lembranças da beleza
Não sei se virei fim ou me perdi em mim,
Mas nessa expressão posso ser historia e recomeço.
Psicografado, nunca esquecido ou requerido, não se preocupe comigo,
Mas com a época que devora caminhos e destinos com tanta pressa,
Apagando rastros que nos ensinam e nos permitem a voltar...”

F.U.R.T.O – “Não se preocupe comigo”

http://www.youtube.com/watch?v=Mo-dQvbxZ0I



Mães...

Que lutam diariamente para continuar alimentando o feto da esperança.

Mães...

Que não perderam seus filhos, mas têm a esperança de nunca precisar procurar por eles.

“Gardênias e hortências

Não façam nada que me lembre

Que a esse mudo eu pertença.

Deixem-me pensar

Que tudo não passa

De uma terrível coincidência.”

Paulo Leminski

Quando é o “Dia" das mães para você?

Camila g.

2 de maio de 2009

Natureza X Homem

Ontem estava assistindo aos noticiários locais e o assunto do dia 1° de Maio em Maceió, foi a catástrofe das chuvas no estado. Casas desmoronando feito castelos de areia, pessoas morrendo enterradas debaixo de suas próprias casas, familiares desesperados e profissionais empenhados em salvar o bem mais precioso: A vida.
Tudo isso me fez pensar o quanto somos vulneráveis a desastres “superiores”. É incrível como somos poderosos quando nos envolvemos em Guerras Mundiais e construções de engenhocas capazes de nos fazer “vencer” uma “batalha”. Mas somos completamente inúteis quando o assunto se chama: Mãe natureza.Ambientalistas se preocupam constantemente em justificar as causas de furações, Tsunami, aquecimentos, raios, chuvas, desastres ambientais... Comentam as causas teóricas para os desastres, mas dão pouca importância para os verdadeiros “culpados”.
Nós estamos acabando com a nossa própria existência. Fato.
Reprimindo o espaço marítimo, por exemplo.
Um t
empo atrás estava olhando umas fotos de Maceió no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA), e fiquei boquiaberta com o tamanho da agressão contra a natureza: (Maceió década de 20)

(Maceió 2009)

Aos olhos de "turistas" pode não parecer tanta diferença, mas aos olhos de quem passa constantemente por esse bairro é completamente perceptível a mudança. Muitas construções foram realizadas. O Memorial da República, por exemplo, foi posto onde antes só se enxergava areia. Favelas foram "levantadas" e a distância entre a areia e o mar foi se tornando cada vez menor...
Praticamente “expulsaram” o mar de
seu território. A impressão que fica, é que estamos “comprimindo” os mares. Comprimindo, comprimindo, comprimindo... E uma hora, mais cedo ou mais tarde ele se voltará contra nós.
E bem sabemos que is
so pode acontecer, não é mesmo?
Construímos casas em barragens, colocando concreto naquilo que julgamos “inútil” e achamos que tudo ficará por isso mesmo. Tolinhos...

Falta-nos sabedoria.
Precisamos acima de tudo ter consciência dos nossos atos. É burrice pensar que somos mais fortes e mais poderosos do que a natureza.
Nossas máquinas e equipamentos de alta tecnologia, não foram programados para “cavar” em busca da vida.

Um minuto de silêncio por nossa inteligência.

Camila g.